Paulo Capela, membro do IELA, discute Convênios em Cuba

O Professor Paulo Capela, membro do IELA e um dos coordenadores do
Vitral Latino-Americano de Educação Física, Esporte e Saúde/ CDS/UFSC
cumpriu extensa agenda na cidade de Havana, em Cuba, onde estabeleceu
vários contatos e alinhavou convênios para o intercâmbio de
informações, professores e alunos. A primeira reunião foi com a
vice-reitora da Universidad de Ciencias de la Cultura Física y el
Deporte, a doutora em Ciências Mélix Ilisástigui Avilés. Ela recebeu o
projeto de convênio, o livro produzido pelo Vitral e uma série de
outros documentos referentes ao estudo da Educação Física. Demonstrou
bastante interesse pela idéia de convênio e deve encaminhar uma
resposta sobre o tema muito brevemente.

O segundo encontro foi no Comitê Olímpico Cubano, presidido por José
Ramón Fernández. Paulo Capela conversou longamente com o professor
Reineiro Fonseca, com quem discutiu várias possibilidades de
colaboração, abrindo portas, inclusive, para que professores
catarinenses possam realizar doutorado em Cuba.

O professor Capela também visitou o principal estádio de futebol Cuba,
o "Pedro Marrero", onde fica a Federação Cubana de Futebol. Ele foi
recebido pelo presidente, Luis Hernández, ao qual apresentou o projeto
Vitral e com quem traçou várias linhas intercâmbio. Esta semana, Paulo
Capela segue para Venezuela, onde também realizará visitas a
Universidades e Federações Esportivas.

O trabalho desenvolvido no CDS pela equipe do Vitral foi recebido com
bastante entusiasmo pelas autoridades universitárias e esportivas
cubanas, justamente por seu conteúdo crítico e de proposições
inovadoras para o esporte e lazer nas escolas. Para Capela, o
resultado da visita foi bastante bom e abriu caminho para uma
infinidade de propostas a serem construídas em parceria.
Fonte: Elaine Tavares IELA

CATEGORIAS DE BASE, INCLUSÃO SOCIAL E LEI DE INCENTIVO AO ESPORTE. – Parte 1

O Ministério dos Esportes vem ao longo dos últimos anos,
fomentando a prática de esportes, mediante programas bem desenvolvidos,
como o Segundo Tempo, Esporte e Lazer da Cidade e Lei de Incentivo ao
Esporte. Possui ainda o Projeto Praças da Juventude, que visa a construção
de um complexo esportivo em locais que não existem espaços para prática de
esportes e divulgação da cultura.

A Lei de Incentivo ao Esporte, que permite a Clubes e entidades
sem fins lucrativos, a elaboração de projetos incentivados por renúncia
fiscal, possibilita que se façam projetos educacionais, de participação e
alto rendimento. Pode-se ainda, mesclar as categorias, desde que uma se
sobressaia aos demais.

E é nesse ponto que os projetos elaborados com base na Lei de
Incentivo ao Esporte podem fazer a diferença.

Os pequenos Clubes de futebol do País, praticamente acabaram com
suas categorias de base por falta de recursos. Por outro lado, esses mesmos
Clubes, são referências em seus municípios, e despertam nas crianças e
adolescentes o primeiro contato com o futebol profissional “in loco”, e a vontade
de tornar-se jogador de futebol.

Por intermédio da Lei de Incentivo ao Esporte, o Clube pode, ao
mesmo tempo, reativar suas categorias de base, com projetos sustentáveis,
que proporcionarão o pagamento de recursos humanos, materiais esportivos,
uniformes, equipes interdisciplinares compostas de Médico, Dentista,
Psicólogo, Assistente Social, Fisiologista e Nutricionista, e ainda, auxiliar
a comunidade na qual está inserido na erradicação do uso de drogas.

Pode-se fazer um grande projeto, em parceria com o Município,
que contemple esporte de participação, em pequenos núcleos em bairros da
cidade, de preferência em locais de vulnerabilidade social. Atrelado a esses
núcleos, que seriam o embrião do atleta de alto rendimento, selecionar os
melhores e encaminhá-los para as categorias de base, visando o esporte
de alto rendimento, preparando-os para se tornarem jogadores de futebol.

O requisito primordial para a inclusão e a permanência da criança
e adolescente no projeto, deve ser a comprovação de matrícula, freqüência
e notas escolares. O projeto é desenvolvido no contra turno escolar,
proporcionando desenvolvimento físico e intelectual a esses jovens.

CATEGORIAS DE BASE, INCLUSÃO SOCIAL E LEI DE INCENTIVO AO ESPORTE. – Parte 2

Paralelo ao projeto do futebol, os Clubes podem desenvolver
outros esportes, para inclusão de meninas e a realização do mesmo
esquema, com participação dos núcleos e do treinamento de alto rendimento.

Em se tratando de futebol, a valorização das categorias de base dos
clubes, é de primordial importância, não só para revelar novos talentos para o

Brasil, mas também para atuarem como pacificadores sociais nas comunidades
que atuam.

O futebol tem forte presença no imaginário nacional, e praticamente
todas as crianças sonham em ser jogador de futebol e acompanham seus
ídolos com atenção. Portanto os atores deste esporte têm a responsabilidade
de procurar a melhoria constante de sua estrutura física, de seus profissionais
e principalmente se fazer presente na atuação perante a sociedade da qual são
parte integrante.

Neste diapasão, a Lei de Incentivo ao Esporte vem sendo a principal
fomentadora da melhoria na estrutura dos Clubes e na formação de equipes
de trabalho e manutenção de times de alto rendimento. Mas o escopo de
sua criação foi, sobretudo, priorizar as atividades esportivas como fator
de inclusão social, diminuição da paternidade e maternidade infantil e na
adolescência, retirada dessas do convívio nas ruas, onde a utilização de
drogas passa a ser o principal atrativo para quem não tem perspectiva de
futuro.

Por intermédio de projetos bem desenvolvidos e geridos, crianças terão
oportunidade de inclusão social através da prática esportiva, fazendo uma
descoberta do corpo em movimento, do prazer do jogo e das brincadeiras,
conhecendo direitos e deveres, terão a chance de sair das ruas e serem
educadas pelo esporte. E mesmo que um dia não cheguem a ser profissionais
de futebol, serão sabedores de seu papel na sociedade, qual seja, homens
responsáveis, que procurarão cumprir as suas obrigações graças à prática
supervisionada do esporte.

FERNANDO LUIS PEREIRA LIMA
Bacharel em Direito pela Universidade Federal de Uberlândia
Ex Diretor de Categorias de Base e
Diretor da FiRsT Consultoria Esportiva Ltda.
fernandoluislima@hotmail.com

CARLOS ANTONIO BORGES RIZZA
Curso de Educação Física pela Unitri – Uberlândia
Especialização em Fisiologia do Exercício e Treinamento Desportivo
Diretor da FiRsT Consultoria Esportiva Ltda.
carlosrizza@hotmail.com

A mudança de paradigma no futebol

Ciencia, inteligência tática, interdisciplinariedade, são temas abordados neste curto vídeo. As falas do Prof. João Paulo Medina, Hélio Carraveta e na época o treinador do S.C. Internacional Carlos Alberto Parreira, demonstram que o projeto que o clube traçou naquele momento com estes profissionais, hoje dá frutos incomensuráveis.


Vale ver também: http://www.youtube.com/watch?v=dTIVFA74Rjg&feature=related

Entrevistas com o jornalista Andrew Jennings

Por indicação de um amigo, não poderíamos deixar de colocar estes vídeos em nosso blog. FIFA, COI, Havelange, doping, corrupção e cia... foram temas destas entrevistas. Expomos os vídeos de duas delas, e os links das outras. Não se surpreendam com o teor da entrevista. Agradecimentos ao nosso amigo Maneca pela indicação.



Aqui o link das demais entrevistas na ordem:
http://www.youtube.com/watch?v=amyDy81Yt8g (Vídeo 1)
http://www.youtube.com/watch?v=ZdQy2ZoW6nQ (Vídeo 2)
http://www.youtube.com/watch?v=pPhU3qUdJQM (Vídeo 3)
http://www.youtube.com/watch?v=DakULauq788 (Vídeo 4)
http://www.youtube.com/watch?v=kKPPcRYosm8 (Vídeo 7)
http://www.youtube.com/watch?v=ccaJyxelH4c (Vídeo 8)

Futebol e gestão profissional

Conversamos esta semana sobre algumas questões referentes aos caminhos que terão de percorrer os clubes considerados menores no futebol brasileiro, se pensarem em subsistirem como clubes de futebol. Os grandes clubes, pela capacidade de poderem contar com profissionais qualificados nas mais diversas áreas de conhecimento, estão muito à frente da grande maioria destes clubes menores.
No senso comum, futebol é resultado, mas construir a cada ano um projeto de futebol utilizando como referência apenas os resultados de campo,é uma falsa idéia que muitos clubes já se desfizeram.
Construir um projeto sólido de futebol passa por algumas ações que achamos importantes, principalmente para os clubes menores: - Captação de recursos (através de projetos de leis de incentivo ao esporte), - Capacitaçao de gestores (isto inclui a capacitação e formação continuada dos profissionais), e Planejamento Estratégico (planejamento com horizontes bem definidos pelas gestões administrativas em curto, médio e longo prazo). Junto a isto, três áreas são estratégicas: administrativa, categorias de base e o futebol profissional. No que tange a questão admistrativa, é importante salientar a política administrativa, as metas orçamentárias anuais, qualificação do quadro funcional, processo de gestão e a sistematização do planejamento estratégico. Nas categorias de base, é importante o projeto politico pedagógico de formação de atletas, a inter-relaçao com o futebol profissional, potencialização dos promissores talentos, intercambio com outros clubes, qualificação da vida desportiva dos jovens atletas. No futebol profissional destacamo a seleção criteriosa de escolha do perfil dos profissionais que comporão a comissão técnica, determinação clara da concepção de ciência do treinamento desportivo, construção de metodologias, organização de setores estratégicos e formação de equipes multdisciplinares, mas que sejam ao mesmo tempo interdisciplinares e transdisciplinares.
Estes são alguns pré-requisitos que entendemos como coerentes quando falamos em qualificação e modernização de gestão do futebol.

Deu vontade de voltar a ser brasileiro novamente


As últimas convocações e apresentações da seleção brasileira tiraram de uma certa forma, a vontade de torcer pelo Brasil. O que vimos em campo na Africa do Sul, não era o futebol que os brasileiros tanto se orgulhavam de apresentar ao mundo. Um futebol previsivel, burocrático, racional e cúmplice dos ditames dos grandes investidores internacionais, foi o retrato da seleção brasileira nesta copa.

Se a "era Dunga" se encerrou como a era do futebol colonizado, esvaziado em si próprio, a nova seleção traz novos ares ao futebol brasileiro. Preenchida de alegria e de um futebol atrevido, foi a apresentação da seleção brasileira em seu primeiro amistoso sob o comando de Mano Menezes. Mano em uma de suas primeiras entrevistas, declarou que a seleção tinha que voltar a ser "do Brasil". Precisavamos nesta nova "era", resgatar a identidade do futebol brasileiro com seu povo.

Na última convocação tivemos um selecionado que o país conhecia de forma mais proxima apenas pelo sistema pay-per-view de canais, pois dos 23 jogadores convocados apenas 3 jogavam o campeonato brasileiro. A vitoria sobre os EUA, não foi somente mais uma vitória brasileira em amistoso internacional, mas quem sabe o resgate de um futebol genuíno.